Descrição: Há 100 mil anos, poucas dezenas de seres humanos saíram da África. Seus
descendentes, adaptando-se aos diferentes climas, desenvolveram inúmeras
tonalidades de cor da pele.
Um dia, alguns voltaram. Primeiro, como comerciantes, adquiriram cativos
escravizados pelos próprios conterrâneos. Depois, como conquistadores,
impuseram o poder de suas nações sobre a África, alegando que os primos
que ficaram faziam parte de uma raça distinta.
A curiosa ideia pegou. Sobreviveu à proclamação dos direitos humanos e à
razão científica, difundindo-se no mundo da política. Pessoas de
prestígio de todas as cores (até negros!) fingiram acreditar nela - e
começaram a passar-se por líderes raciais. Hoje, a pretexto de fazer o
bem, traçam-se fronteiras sociais intransponíveis, delineadas com as
tintas de uma memória fabricada.
Este livro conta a história de um engano de 200 anos: o tempo da
invenção, desinvenção e reinvenção do mito da raça. O nosso tempo.